domingo, 25 de agosto de 2013

PT dividido sobre aliança com PSB de Cid Gomes para 2014

O PT do Ceará vive um momento de profunda divisão interna que se reflete na exposição de opiniões divergentes que podem ser definidoras dos rumos do partido para 2014. Diante da corrida pela presidência da sigla no Ceará se estabelecem duas posições: uma aposta no rompimento da aliança com o PSB de Cid Gomes e em candidatura própria ao governo estadual em 2014. Do outro lado, defende-se a aliança do partido com a base atual para estabelecer um palanque forte para a campanha de Dilma Rousseff à reeleição.
As falas de apoio a um possível rompimento com o PSB no Ceará levantavam os ânimos dos militantes presentes no lançamento da candidatura de Guilherme Sampaio, no sábado (23), na Assembleia Legislativa. O vereador conta com o apoio na atual presidente do partido, a ex-prefeita Luizianne Lins, no Processo de Eleição Direita (PED) 2013.
Após fazer críticas às últimas polêmicas da gestão de Cid, o deputado Eudes Xavier, apoiador de Guilherme, ressaltou: “Não é esse governo que o partido deve apoiar”. O atual presidente do PT Fortaleza, Raimundo Ângelo, foi uma das lideranças a defender que o partido lance candidato ao Governo do Estado em 2014. Duas outras correntes para a presidência do partido, uma liderada pelo ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Ceará, Francisco de Assis Diniz; e outra pelo sindicalista José Maria Castro convergem os esforços para garantir a reeleição de Dilma à presidência da República.
“Falsa polêmica”
O atual vice-presidente estadual do PT, Joaquim Cartaxo, apoiador de Assis Diniz, destacou que o período não é de discutir tática eleitoral. Porém reforçou que a última decisão do PT foi de priorizar a estruturação de um palanque forte para receber Dilma em 2014 e isso, segundo ele, passa pela manutenção da aliança com PSB, PMDB e PCdoB. Cartaxo criticou a postura de Guilherme Sampaio em dar coro a um suposto rompimento entre partidos. “Ele (Guilherme) não tem veia partidária e está tentando criar uma falsa polêmica. O partido (PT) não está debatendo isso”, disse o vice-presidente. “A próxima direção pode alterar essa decisão, mas isso só vai depender do próximo congresso do partido, em 2014. Por enquanto, é mera especulação”, ressaltou.Defensor da candidatura de José Maria Castro, o deputado federal Artur Bruno reforçou a proposta da corrente, com base no foco na estruturação nacional. “Podemos ter posição de candidato a senador ou a governador desde que o candidato faça a campanha da reeleição de Dilma”, pontuou o deputado.
(O Povo)

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