terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Infraero gasta R$ 4 milhões por mês com aeroporto considerado "elefante branco". Enquanto que o de Juazeiro do Norte mendiga por melhorias

Aeroporto de Paranaíba é consdiderado "elefante branco. (Foto: Divulgação)

Inaugurado em 19 de outubro de 1971, pelo então Presidente da República Garrastazu Médici, o Aeroporto Internacional de Parnaíba nunca recebeu um avião de grande porte. Localizado no Norte do Estado do Piauí, distante 330 de Teresina (PI), o aeroporto foi apelidado de "elefante branco" e consome por mês quase 4 milhões de reais em manutenção.

Desde o ano de  2004 é administrado pela Infraero, que controla apenas o trafego de pequenas aeronaves, quando na verdade deveria cuidar dos voos comerciais. O aeroporto possui uma das maiores pistas de pouso e decolagem do Nordeste e pode receber aeronaves com até 290 passageiros.
A denúncia sobre o montante de dinheiro empregado numa obra que se tornou um grande "elefante branco" foi publicada na manhã desta terça-feira, no Bom Dia Brasil, da TV Globo e mostrou a desigualdade e a politicagem vergonhosa que sempre perdurou neste país. Construir um aeroporto do porte do de Parnaíba que nunca foi usado se deu diante da força do então ministro piauiense, Petrônio Portela, grande amigo dos presidentes na época da ditadura.  Obra tem 43 anos de existência e agora, diante de muita luta, parece que a empresa Azul vai explorar um voo comercial de Fortaleza, Ceará, a Paraibana, PI.
Enquanto a Infraero torra nada menos que R$ 4 milhões ao ano num "aeroporto fantasma", só com manutenção, sem se falar em ampliação, o Aeroporto Regional do Cariri, localizado na cidade de Juazeiro do Norte, Ceará, sofre e implora por melhorias. "Puxadinhos" e mais "puxadinhos" foram feitos para melhorar as condições do aeroporto, que continua deixando a desejar. Apesar da excelente movimentação de passageiros e cargas no aeroporto juazeirense, melhorias concretas se arrastam ao longo dos anos. A terra de Padre Cícero tem hoje um aeroporto de grande movimentação em todo país, mas sofre diante a falta de apoio da própria Infraero  que promete como sempre e falta como nunca.
Promessas e mais promessas são feitas todos os anos, mas, as obras começam e ficam pela metade, como é o caso da ampliação das salas de embarque prometidas e ainda em construção. Além do mais, falta estacionamento para os passageiros, os veículos de locadoras continuam tomando os poucos espaços existentes  e as salas de embarque e desembarque são pequenas e desconfortáveis. O projeto de construir uma nova estação de passageiros continua no papel e o jeito é continuar com os "puxadinhos" de um lado e do outro. O aeroporto de Juazeiro do Norte atende além de boa parte do Ceará, passageiros que vem da Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte.
(Colaborou Roberto Bulhões)

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