segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Crônica de Renato Casimiro: "Boa Tarde para Você, padre Cícero Gomes da Silva"

Padre Cícero Gomes
Por nota inserida na página da Basílica de Nossa Senhora das Dores, o Padre Cícero Gomes da Silva, após sete anos na Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em Grangeiro, foi nomeado vigário paroquial de Nossa Senhora das Dores, por provisão que foi lida no último dia 13.
Diz a nota que o Pe. Cícero Gomes da Silva é filho de Juazeiro do Norte e veio para somar com os padres da Basílica Santuário nas celebrações e confissões do povo desta cidade e dos fiéis romeiros da grande nação peregrina.
Seja bem vindo Pe. Cícero, e aqui se faça enquanto for possível, com a nossa acolhida, a sua morada, seu canto de trabalho e serviço pastoral.
Talvez nem haja originalidade em saudá-lo desta maneira, pois no mínimo seria pertinente indagar sobre qual Pe. Cícero nesta terra isto não se disse e se repetiu com tanto prazer, tantas vezes?
Se há algo em comum com esta nossa hospitalidade, esta herança que recebemos de tantos corações nordestinos, isto se diz pelo nome de Cícero, e em seu nome desde aquele que veio, o primeiro que aqui chegou e ficou Patriarca até nossos dias.
De vez em quando, um outro Cícero, também sacerdote em Cristo, segundo a ordem de Melquisedeque, nos aparece e até aqui fica, como o último Cícero José, que agora consigo dividirá encargos desta assistência espiritual tão necessária.
Por isso, repito, seja bem vindo Pe. Cícero, a esta terra de tantos outros Cíceros, homens fortes pelas lutas, gente surpreendente do diário ora et labora, gente grata que agradece todos os dias ao Deus do Universo, o pão que recebe com tal boa vontade, fruto da terra e de seu trabalho, e que não se cansa de considerar que este é verdadeiramente o pão da vida.
Estamos felizes, Pe. Cícero Gomes, porque mais e mais há uma sensibilidade tantas vezes e quase secularmente ignorada que impôs a este povo de Deus espalhado pelo amplo território desta terra, a limitação de atenções reclamadas.
Ao dizer-se que “Grande é a messe, mas poucos são os operários” foi sempre assim que fomos nos confortando até que aos nossos rogos eles fossem chegando, manifestando o seu entendimento sobre as nossas razões mais profundas, a fé que cultivamos, os mistérios que vivemos.
Talvez tenha sido por isto que a Graça de Deus operou o grande milagre e se fez por intercessão de seus beatos a permanência de sua mensagem salvadora que terminou por edificar esta nova Jerusalém nordestina e sertaneja.
Simbólicamente, se me permite, Pe. Cícero Gomes da Silva, reparo que até por seu nome, não há como esconder esta particularidade que o associa ao fato notável de uma construção de fé no mundo beato, a lembrar destes dois primeiros entre nós, Cícero Romão Baptista e José Lourenço Gomes da Silva.
Desejo, sinceramente, Pe. Cícero, que sua existência entre nós seja uma bela continuidade de sua missão de pastor na comunidade paroquial que assume, onde lhe cabe ouvir e orientar o povo e suas famílias, atender os doentes, administrar os sacramentos e transmitir a Palavra para maior glória de Deus que é nosso Pai.
Que sua missão se exerça, como se lê em Lumen Gentium: “Cada um dos que foram chamados à profissão dos conselhos, cuide com empenho de perseverar na vocação a que o Senhor o chamou, e de nela se aperfeiçoar para maior santidade da Igreja e maior glória da una e indivisa Trindade, a qual em Cristo e por Cristo é a fonte e origem de toda a santidade.”
Seja bem vindo, Pe. Cícero Gomes da Silva.
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 19.01.2015)

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